Psiquê no Divã

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lá e de volta outra vez...

Meus caros...
Peço desculpa pela ausência durante todo esse tempo. Os afazeres tanto da faculdade quanto outros eventos acabaram por tomá-lo por inteiro, mas pretendo tornar com que sejam constantes os posts novamente. O tema de hoje é o amor!
Na verdade, eu nem iria postar sobre ele mas de acordo com alguns fatores e eventos tanto diretos quanto indiretos, resolvi dedicar este dia para falar deste adocicado e envolvente veneno. Sei que muitas pessoas irão me condenar por usar este termo para denominá-lo, mas é deveras verdadeiro. Sabe quando você toma um xarope horrível quando está gripado, porque sua mãe te impôs? Na hora o gosto é extremamente desagradável, mas depois você percebe que os resultados são maravilhosos. Este é o sentido da palavra veneno. Porém, o amor ainda é mais ardiloso que um xarope anti-gripal: ele pode vir em diversas formas, porém a dosagem é pessoal. Quanto maior, mais dependente você será. Sim, existem pessoas viciadas no amor. Transferem o sentido da sua vida, da sua felicidade, do seu futuro, tudo em outrem. Como se ele (a) fosse uma espécie de refúgio, tábua de salvação, super-homem, mulher maravilha, anjo protetor, suporte... enfim... dêem o nome que quiser, acredito que vocês já tenham entendido o contexto. Acho que esse tipo de amor é ainda mais danoso. É algo que subtrai, suga, diminui, exauri... o outro estará sempre dando demais e nunca será o suficiente. Tudo tem q ser feito em função da outra pessoa.
Seja pela vida e pela morte. Amém! Mas será justo? Um relacionamento assim é produtivo? Tem condições de seguir àdiante? Sei que isso aqui é um espaço para dividir experiências, então sinto-me no direito de deixar aqui, em algumas linhas a vivência de anos. Tive poucos relacionamentos sérios, mas digamos que de todos eu tirei uma lição: a palavra chave para que se mantenham os laços fortes e indissolúveis é RESPEITO! Como é possível? Sendo extremamente fiel? Fazendo todas as vontades? Relevando coisas que incomodam? Não, na verdade o respeito vai um pouco além de tudo isso.
Quando se respeita alguém você não permite nem ofender nem ser ofendido, não permite que ninguém lhe fira e nem fere impunimente. Não alimenta mágoas nem rancores, procura exercer o diálogo na relação para que não haja farpas pelo caminho e espinhos que machuquem de tal forma que o tempo faça com que a carne fique eternamente ferida. Respeito é ser quem é e não mentir. Deixar o outro ciente não apenas das suas qualidades, mas sobretudo dos defeitos... e se mesmo assim, ele permanecer te amando, é porque vocês encontraram o equilíbrio da balança. Não existe par perfeito. Existe apenas a perfeição naqueles que buscam transformar um dia após o outro. Transformar o dito cujo (defeito) na mais bela virtude. Aquela carinha de emburrada com ciúmes do (a) amigo (a) de infância pode ser um charme a mais e motivo para se dar boas risadas usando comentários como : "Sabia que você fica uma graça quando está assim, com essa carinha de brava (o)"? Coisas simples como bom senso, saber sobretudo ouvir, compreender, saber argumentar são ingredientes mais que necessários para um futuro promissor.
Não sou expert nessa arte e posso dizer que tenho milhões de defeitos que preciso trabalhar. Um deles é o fato de não admitir determinadas coisas. Sabe quando guarda muita coisa apenas pra si? Quando ao invés de colocar pra fora, simplesmente encolhe tudo dentro do seu peito e finge que está tudo bem? Como se não se importasse, não doesse? Pois é... sei que é chato receber conselhos, mas mesmo assim eu darei um : Seja pro bem ou pro mal, nem que seja pra si mesmos: ADMITAM! Digam como dói, se dói, se amam, odeiam, sentem faltam... posso dizer que quando parei de negar pra mim mesma que amava, parou de doer, de sufocar. O veneno do amor é tão eficaz que quanto mais você tenta negá-lo, bani-lo mais ele se torna forte, eficaz... como se possuísse uma espécie de anti-corpus contra este tipo de efeito. A negação! Quanto mais se nega, mais se importa, mais se ama, mais machuca. Vão por mim...

Outro ponto importante a ser citado : não pensem que o amor é indissolúvel. Ele na verdade é mutável. Ele pode até ser eterno, mas dependendo de algumas circusntâncias, ele pode transformar sua forma de ação.

Alguns no entanto, permanecem... de uma forma inexplicável. É uma marca tão intensa que simplesmente o tempo não apaga.

Independente de como ele se mostra ou de que forma é vivido, uma coisa é certa : o amor é um dos únicos sentimentos que têm o dom de fazer o ser humano ir ao ápice tanto do prazer quanto o da dor.

Mas para essa questão, eu volto numa coisa que eu disse lááá em cima... "manter o equilíbrio da balança"...

E você, meu caro e ilustre visitante... de que forma ama ou é amado?

Espero que tenham apreciado!

Até a próxima!

P.S: Essa frase é pra vc - "... das lembranças que eu trago da vida, você é a saudade que eu gosto de ter!"
posted by Luciana Santos at 20:31 4 comments